sábado, 26 de outubro de 2013

Trabalhamos com palavras


          O bicho ser humano, essa criatura tão esperta, descobridor de continentes, ostentando seus polegares opositores e cérebros superdesenvolvido. Suprassumo do planeta, orgulho do universo, etc., etc. O homem, esse ser que consegue desenvolver um mecanismo capaz de exterminar qualquer tipo de vida, mas que ainda se perde entre os caminhos múltiplos da língua, labirinto impiedoso e, por vezes, fatal.
       As palavras, escritas ou faladas, ou sonhadas, ou não ditas, e suas tantas e tantas possibilidades, já foram a origem de tantos problemas que eu, antes de discutir, hoje em dia, já releio/relembro, pelo menos umas 70 vezes, o que me foi dado como argumentação. E, ainda assim, como escapar dos enganos? Aquele tom, aquele emoticon... O que querem dizer as entrelinhas, e o que elas dizem sem querer?
        Pessoa dada a devaneios, simpática a desvarios mil, já fiz, das minhas próprias palavras, caminhos sem volta e estradas dificultosas. A origem da palavra, falando etimologicamente, vem de comparação. Assim, a palavra seria o que a gente tem de mais próximo entre o sentir e o explicar. Como o cachimbo de Magritte, que não é um cachimbo. E, como o cachimbo de Magritte, como chegar do desenho ao objeto? Como preencher o espaço que vai da gente até o outro?

5 comentários:

  1. Respostas
    1. Caionzooo, que saudades, querido!!
      Assim que realizamos esse espacinho, pensei em você.
      Que bom que tu atendeu ao meu chamado.
      Beijos! Nanda.

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  2. ain, Nandica, isso aí mesmo...como, por que, quando?

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    1. "Eu tô te explicando
      Prá te confundir
      Eu tô te confundindo
      Prá te esclarecer
      Tô iluminado
      Prá poder cegar
      Tô ficando cego
      Prá poder guiar"

      Será?

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